Você provavelmente já foi impactado/a pela funcionalidade de to do list que plataformas de workspace passaram a oferecer, não é?
Os recursos de lista de tarefas (tradução de to do list em português) fazem parte de um conjunto bem maior de planejamento e gestão de tarefas, mas costumam ser os importantes difusores desse tipo de gerenciamento. Pois os resultados chegam bem rápido e a satisfação de listar o que se quer fazer e ir riscando o que se conclui é uma injeção de motivação para o cérebro, segundo a psicologia.
O melhor é que com a adoção de boas práticas de gestão de tempo e tarefas, essa prática de gerenciamento dos projetos (pessoais ou profissionais) tende a ser cada vez mais assertiva e trazer economia de esforço em escala.
Por isso, preparamos esse guia de to do list que vai te ajudar a ser mais produtivo/a no trabalho ou mesmo na sua vida pessoal. Leia e desbrave o universo de gestão de tarefas:
O que é to do list?
Para garantir que todos/as estão na mesma página, uma breve explicação do que afinal é to do list será bem útil.
Esse recurso foi uma das primeiras funcionalidades de gestão de tarefas a serem criadas. Remontando ao século XX, quando o Taylorismo (modelo que racionaliza o tempo e a produção de trabalho) ainda era o principal framework operacional – depois dele passamos para o Fordismo e agora estamos na expansão do Toyotismo.
Bem, nessa fase em que a produtividade operacional era o foco, engenheiros propuseram um método em que os funcionários listariam suas tarefas para o respectivo dia de trabalho, ordenando-as pelo nível de prioridade. Como resultado, os funcionários passaram a registrar maior nível de produtividade, pois conseguiram ser objetivos em suas pautas de trabalho e de fato se dedicar naquilo que é importante.
Para que serve to do list?
Em síntese, o método to do list surge para organizar de maneira objetiva as tarefas que compõem a concretização de um projeto ou microtarefas que correspondem à execução de determinada atividade. Assim, a funcionalidade diminui a sobrecarga de pensamento com as informações de o que fazer, como fazer e o prazo de uma demanda.
Além disso, a visualidade da to do list possibilita uma melhor gestão de prioridades e te deixa capaz de tomar decisões mais realistas sobre o que consegue executar em determinado tempo, seja um dia de trabalho ou uma viagem de final de semana.
O bônus da to do list é o autoconhecimento. Conforme você trabalha intencionalmente em suas tarefas, começa a entender melhor a sua performance. De maneira prática isso significa: se você tem mais disposição para desenvolver um determinado tipo de tarefa na parte da manhã, intuitivamente aloca as tarefas desse tipo nesse período do dia.
De fato, mesmo sem uma to do list o nosso fluxo de distribuição de tarefas pode ser assertivo. Logo, o poder da to do list neste sentido está em alcançar um nível de compressão maior para tomada de decisão consciente, descobrindo mais sobre você e sua performance!
As boas práticas para não deixar sua to do list na gaveta
Todo mundo já anotou uma lista de coisas para fazer, mas que na melhor das hipóteses só não concluiu tudo. Existem motivos cognitivos para isso acontecer, neste tópico nos apoiamos nas indicações do campo da psicologia e da gestão de tarefas para criar esse guia de boas práticas. Confira e deixe a procrastinação no passado.
1. O simples e executável
Os psicólogos nos alertam que o inocente ato de elaborar uma lista de tarefas fornece uma sensação imediata de realização, mesmo não tendo concluído nada ainda. Isso porque o nosso cérebro simula o sucesso que gostaríamos de sentir quando concluir a lista.
Mas podemos tirar alguns proveitos dessa gratificação instantânea. Para isso, será preciso que você dedique um tempo para planejar a sua lista de tarefas de maneira eficiente.
Portanto, fuja das tarefas genéricas: busque decompor em tarefas menores, mas que informem com precisão o que você precisa fazer.
Aproveitando esse momento de êxtase, inicie pelas tarefas mais simples que você sabe que tem condições de realizar facilmente. Isso o/a engajará a permanecer firme na sua to do list.
2. O curto prazo é mais generoso com a sua produtividade
Ter planos de médio e longo prazo é bem importante, mas para as to do list corriqueiras, o ideal é manter a sua atenção naquilo que é entregável agora.
Conciliar tarefas muito díspares em uma mesma lista pode te dar a sensação de que está deixando para trás coisas importantes, quando na verdade são medidas que não devem ser pesadas igualmente.
3. Tenha mais de uma to do list
Complementando a indicação anterior, uma única to do list muito provavelmente não irá sanar sua necessidade por organização. Nossa vida é preenchida por compromissos e projetos interdependentes e às vezes cada um requisita uma lista específica. Assim, para a sua organização funcionar você pode ter as seguintes to do lists:
As atividades que irei fazer hoje no trabalho;
As tarefas pessoais que pretendo realizar em X meses;
A lista de afazeres para concluir projetos pessoais/profissionais sem prazo de entrega.
4. Faça as pazes com os prazos
Os prazos das tarefas, em geral, são recursos incompreendidos, pois tendem a paralisar as pessoas por depositarem uma pitada de pressão e exigência. No entanto, essa definição é uma das mais confiáveis para medir o nível de eficiência de uma atividade e permitir a organização sistêmica do seu cronograma de tarefas.
Apesar dos benefícios, os prazos são mal falados por conta do nosso comportamento destrutivo em estabelecer datas de entrega. Costumamos nos esforçar para prever prazos curtos, mesmo sem nenhuma garantia de que um cenário propício para tal feito seja alcançável. Se você já parte para a execução tendo o sentimento de que vai falhar na entrega, a motivação praticamente desaparece.
Então, a solução é prazos bem extensos? Não! Por outro lado, quando temos muito tempo para fazer uma coisa, procrastinamos ao máximo. Em vista disso, a solução mais razoável é criar um cronograma de execução de tarefas.
Ou seja, não deixe aquela tarefa marinar na sua cabeça e estabeleça uma data na qual vai começá-la e concluir. Assim, uma única atividade não suga toda a sua energia sem que você veja os resultados.
5. Seja gentil com a realidade
A última dica é sobre autocontrole. Você provavelmente vai lidar com muitas atividades que, para serem concluídas, dependem de outras pessoas.
Reconhecer a sua parte no todo e quando as tarefas não vão para frente por adversidades alheias é um compromisso que você precisa assumir para não ficar sempre mergulhado/a nas mesmas coisas a fazer.
Para além desse fator, é imprescindível ter uma previsão realista do volume de tarefas que cabem nas horas de dedicação que se está prevendo.
Fonte: RunRun